A transformação digital, nas empresas, passa pela integração das tecnologias digitais em todas as áreas de negócio, contribuindo, assim, para mudanças profundas na forma como as organizações operam e como entregam valor aos clientes.
Esta transformação nas empresas não foi uma consequência da pandemia, mas não há dúvidas de que esta contribuiu para a aceleração da mesma. Deixou de ser uma parte da estratégia para se tornar numa questão de sobrevivência.
A tecnologia é uma peça fundamental da transformação digital, mas, está longe de ser o único fator a ter em conta. A redefinição de processos de trabalho, adaptados aos tempos em que vivemos, a criação de um ambiente que estimule a inovação e a forma como as empresas se relacionam com clientes, parceiros e colaboradores são outros aspetos a considerar.
Nesta era digital, a tecnologia contribui de forma muito relevante para o aumento da produtividade e competitividade, facilita os processos de inovação, ao mesmo tempo que permite a implementação de novas formas de trabalhar e cooperar. Para que isso possa acontecer, o foco tem que estar centrado nas pessoas.
A forma como as empresas contratam, retêm e desenvolvem os seus colaboradores está longe da realidade em que vivíamos há uns anos. Hoje em dia, já existem muitas empresas que não têm escritórios físicos e que trabalham em modo fully remote. Em Portugal, antes da pandemia, o trabalho remoto era uma prática pouco consensual. Agora, mesmo com alguma resistência à mudança, por parte de algumas empresas, começa a ser a norma, ainda que em diferentes modalidades. Pelo facto de contribuir para um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, a possibilidade de trabalhar remotamente tornou-se num aspeto diferenciador das empresas.
Um dos grandes desafios desta transformação que vivemos é garantir que as pessoas têm as ferramentas necessárias ao seu desenvolvimento. Também aqui vivemos um novo paradigma. O acesso simples e rápido a recursos formativos de qualidade é um imperativo. É necessário garantir que as pessoas sabem o que fazer, quando não sabem o que fazer. O chamado Learning Agility – saber como aprender e saber como utilizar essas aprendizagens em novos contextos, é um requisito essencial num mundo cada vez mais conectado e em constante evolução.
A tecnologia abre também caminho ao Learning in the flow of work. Cada vez é mais importante dar acesso rápido e simples a conteúdos de aprendizagem que permitam adquirir conhecimento e ultrapassar obstáculos no curso de um dia de trabalho.
A GROW-ING tem ajudado muitas empresas a desenvolver uma verdadeira cultura de aprendizagem, sendo esta a melhor forma de as preparar para os desafios atuais e futuros.
Gonçalo Vieira
Learning Technologies Director da GROW-ING
Texto de opinião publicado em RHmagazine, Julho/Agosto 2022